sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Aurélio indicado ao Prêmio Shell 2011

Aurélio acaba de ser indicado pela iluminação do espetáculo "Filho Eterno" em cartaz no Oi Futuro do Flamengo até o dia 11 de setembro. O espetáculo, dirigido por Daniel Herz, é um monólogo em que o ator Charles Fricks interpreta o pai de uma criança com síndrome de down em seu difícil processo de aceitação. Charles também foi indicado ao Shell por sua brilhante atuação neste espetáculo. O texto, de Cristovão Tezza, foi adaptado para o teatro por Bruno Lara rezende. Quem não assistiu, não perca!
Ah, a propósito, Aurélio, você pode contar um pouco como foi o processo de criação da luz deste espetáculo?

Um comentário:

  1. Ao assistir o primeiro ensaio do espetáculo O Filho Eterno, o fiz como sempre faço: vendo, ouvindo e "sentindo" como qualquer espectador de teatro. Ainda era no começo do processo. Passado um tempo, vou ao segundo ensaio (ainda na garagem da casa do diretor Daniel Herz) levando comigo papel e lapiseira para possíveis anotações. O espetáculo estava com outra cara, com outras marcações, intenções e tudo focado para a grande interpretação que esse menino Charles Fricks executava. Tínhamos apenas ele e uma cadeira que transitava de forma (no meu entender) cartesiana. Pensei cá com meus botões - porquê não acentuar com a luz esta dinâmica proposta pela Direção? Rabisquei uma grade (semelhante a uma batalha naval)e ali registrei o trânsito e paradas do binômio Charles/cadeira. Estava ali a essência da criação do caminho a ser percorrido pela Iluminação do espetáculo. Com a apresentação da cenografia acrescentamos outros enfoques que determinariam a plasticidade oferecida mais tarde. Quatro momentos seriam grifados com um movimento/angulação da luz: o momento da notícia de ser pai de um filho com Síndrome de Down;
    o exercício com o saco de plástico (asfixiante);
    a sensação de perda do filho quando de sua inesperada "fuga" (o rosto aflito);
    A busca desesperada do filho.
    Um outro aspecto a ser tocado é a tentativa de não "ajudarmos" Charles com efeitos ou trocas de cores para darmos o "clima" da cena. A não ser quando o aspecto "céu de Curitiba" é enfocado. Aí nos permitimos uma licença poética de tentarmos demonstrar à platéia, haja vista ser do nosso conhecimento pessoal, a beleza característica desta particularidade daquela cidade brasileira.
    Foi um trabalho, uma vez mais, de um coletivo alicerçado pela excelência da atuação deste jovem ator. Parabéns Charles! Daniel! Bruno!Cristovão! Aurora! Marcelo! Márcia! Lucas!

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